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"Não seremos felizes sozinhos, precisamos de uma doce companhia e quando encontramos... desejaremos estar ao lado dela. Não por um momento, mas por toda a eternidade." (Celso Oliveira).

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A Dona Maria

A boa dona Maria

Que na roça vivia.
Ela tinha. Tinha uma velha casinha.
A velha casinha de tijolos e alvenaria
Um piso de concretos; telhas no teto.
Um fogão de barro. Pouco luxo, mas muita coragem.
Coragem de cada um:
Da Maria, da Ana e da Ju.
A velha casinha de alvenaria
À noite, se ouvia uma a dormir,
Mas a outra a orar.
Pedia ajuda, queria sonhar!
Pois ela era a dona do lar.
A dona Maria que na roça vivia.
Plantava arroz e feijão
E pra farinha plantava o “macaxeirão”
A boa dona Maria...
Que com leite da vaquinha construiu uma casinha.
Casinha de alvenaria lá na rocinha.
E com luta ia sobrevivendo. Sempre sorrindo e...
Com o passar do tempo,
Pois na roça ainda se sentia o vento.

                                                                                         Celso Oliveira

domingo, 1 de novembro de 2009

As Duas Faces



Ninguém pode ser forçado a deixar de sonhar, mas nessa vida sempre parece que os pesadelos são mais importantes. Não porque são desejáveis, mas devido à grande importância e valor que se dá a ele.

É complicado entender a compreensão e decisão de cada indivíduo. É divido a grande destruição do viver que estar presente em cada história e experiência de vida.
Por exemplo, a face de um pobre que vive na miséria catando papelão e lata para sobreviver da venda do material, se tem um significado. É de se admirar. Ele é cabisbaixo, convencido, humilde que se humilha até o ápice da humildade.
A face daquele que vive num berço de ouro cheio de preocupações e bens, orgulhos pelas conquistas, acha se vencedor na vida, sorridente nos negócios e tem o direito de se alimentar com as mais das delícias da culinária, também tem um significado.
São duas faces diferentes com duas características diferentes.
O pobre ao catar o lixo e levar para a reciclagem, ajuda na preservação do meio ambiente;
Já aquele que vive num berço de ouro é o dono dessa indústria de reciclagem, que torna o lixo em bens duradouros e muito dinheiro no bolso.
Com isso se pode também analisar duas oportunidades diferentes.
O pobre nasceu na pobreza. Estudou até a quarta série do ensino fundamental e teve que parar para que pudesse trabalhar e contribuir na renda da família. Sendo que seus pais já estavam bem velhos.
Uma casa de lona e piso de chão, teto de plástico. Um trapiche com pedaços de madeira que fica na entrada da casa - se é que se pode chamar aquilo de casa.
Da saúde não cuidou direito, quando foi ao médico era porque a coisa estava preta mesma.
Um banho com latinha, sem poder passar o limite da cota de cada um:
1 litro de água.
A face daquele que nasceu em um berço de ouro tem um significado oposto do que nasceu na miséria.
Primeiro que as oportunidades foram às melhores. Até escola no exterior pode estudar. Nunca trabalhou quando adolescente. Quando quis foi à empresa do “papai” e tornou-se o chefe. Assegurado pelo direito de herança. Isso acontecerá de geração a geração.
Nunca economizou em nada. Tudo que queria teve. Com o dinheiro procurou comprar tudo. Ganhar tudo até a felicidade. É parece que conseguiu.
São duas faces. Duas vidas. Um caminho. Um direito.
O pobre e o rico existem para representar a oposição em todas as coisas. Entre o bem e o mal; o doce e amargo; o fogo e água.
São vidas não escolhidas que se desenvolvem em locais diferentes do mundo. Duas faces a ser estudada pelos estudiosos da vida. Mas mesmo com o avanço dos avanços jamais poderão explicar àqueles que vivem a face do inferno porque eles não podem escolher a face do paraíso.

                                                                                               Celso Freitas Oliveira